A história do vinho do porto – pequeno resumo

137 a.C. Os Romanos sistematizaram a produção de vinho em Portugal.

1109 Nasceu Portugal e a produção de vinho tem início com Henrik de Borgonha como Rei.

1279 É registada a primeira exportação de vinho.

1373 É assinado o 1º tratado de comércio com Inglaterra a 16 de Junho.

1386 Tratado de Windsor: incentivo aos agricultores do vale do Douro.

1394-1460 Portugal é o país líder mundial no grande oceano, graças a “Henrique O Navegador”.

1465 É registado o primeiro carregamento/embarque do vinho do Porto (para Bristol).

1638 O primeiro comerciante (conhecido) de vinho do Porto, Cristiano Nicolau Kopke, chegou da Alemanha para comprar e posteriormente vender vinho nas cidades da liga Hanseática (grandes cidades comerciais no norte da Alemanha).

1660 A colónia Inglesa funda a Factory House (conhecida por ser um local de encontro para a organização do comércio do vinho do Porto).

1670 Dois jovens Ingleses chegaram àquilo que consideram ser a Quinta do Bonfim, no Pinhão, e esse foi o início da Warre’s. Agora nasceu o vinho do Porto; a Croft foi fundada em 1678 e a Taylor’s em 1692.

1720 O primeiro manual de viticultura foi publicado e indicava que: 3 galões = 13.5 litros de brandy por cada pipa = total de 550 litros.

1755-1761 Foi fundada a Companhia Geral de Agricultura nas vinhas do Alto Douro a 10 de Setembro de 1756. Esta foi a primeira região demarcada do mundo (1757-1761 por Marquês de Pombal); foram colocadas 201 marcos de pedra com a designação Feitoria – a maioria entre 1658 e 1761.

1760 Foram produzidas as primeiras garrafas de vinho do Porto.

1761 Foi terminado o primeiro mapa da região demarcada do Douro.

1765 É vendido o primeiro vinho do Porto na Christie’s em Londres.

1781 Primeira exportação para a Rússia; Catherine da Russia é feito pela Real Companhia Velha.

1788 Ampliação da Região Demarcada do Douro, John Croft escreve: os Vinhos do Porto devem ser envelhecidos 4 anos em pipas juntamente com brandy.

1792-1793 O Douro torna-se navegável desde Barca d’Alva (na fronteira de Espanha) até ao Porto.

1800 O primeiro vinho do Porto das casas inglesas é vendido na Christie’s; primeiro o vinho do Porto da Barnes, seguido pela Croft e Warre’s.

1805 O Vinho do Porto entra para a história através do dedo indicador de Lord Nelson. Um pouco antes da batalha de Trafalgar em 1805 o herói naval inglês visitou o Lord Sidmouth e na pintura de A.D. McCormick’s ele descreve um movimento tático, mergulhando o dedo indicador no copo de vinho do Porto e desenhando-o sobre um mapa que se encontrava em cima de uma mesa.

1861 Mapa do Douro por James Forrester.

1863-1872 Aparecimento da filoxera, com infestação maciça na região. Muitas vinhas morreram e os agricultores colocaram a terra à venda.

1876 Os agricultores começaram a usar Sulfureto de Carbono para combater a filoxera inicia-se a plantação de vinhas com bacelos ”americanos”.

1887 A linha ferroviária ao longo do rio Douro é terminada.

1919 É declarado no Tratado de Versalhes que o vinho do Porto não deve ser misturado com outros vinhos.

1926 Gaia recebe o seu próprio vinho do Porto gratuito.

1932 É fundada a Federação Sindical do Viticultores da Região do Douro (também conhecida como Casa do Douro); um organismo que protege e disciplina a produção.

1933 É fundado o Grémio de Exportadores de Vinho do Porto; associação do sector do comércio que vigia a disciplina do comércio. As actividades da Casa do Douro e do Grémio dos Exportadores são coordenadas pelo Instituto do Vinho do Porto, que se trata de um órgão criado nesse mesmo ano e que tem autoridade para estudar e controlar a qualidade e melhorar a divulgação do produto. São nacionalizadas as vendas de brandy.

Vintage 1927 é considerado ano Vintage por 30 transportadores, o que é um record.

Vintage 1929 é declarado ano Vintage apenas pela Boa Vista e ninguém declarou vintage o ano 1930.

Vintage 1931 é declarado ano Vintage apenas por alguns transportadores.

Vintage 1945, também apelidado de vintage da paz, é um Vintage formidável.

1953 Primeiro grande vinho tinto; Barca Velha (Quinta do Vale do Meao – Fernando Nicolau de Almeida). Seguindo-se 1954, 1957, 1964, 1965, 1966, 1978.

1985 A Quinta do Noval é a primeira a sair de Gaia para administrar a empresa no Douro.

  Altura Temperatura média Precipitação
Vila Real 430 m 13,6 ° 1130 mm precipitação
Régua 100 m 15,5 ° 949 mm precipitação
Pinhão 130 m 16,2 ° 672 mm precipitação
Poçinho 150 m 16,5 ° 407 mm precipitação
(Fonte: Nuno Magalhães em “Enciclopédia dos Vinhos de Portugal”, 1998)
Castas Produção Teor de Açúcar Sabor (0-20)
Touriga Nacional 0,8 kg por videira 13,3 17,0 pontos
Tinto Cão 1,6 kg por videira 12,8 14,0 pontos
Tinta Barroca 2,4 kg por videira 14,0 15,0 pontos
Tinta Roriz 2,3 kg por videira 13,2 14,5 pontos
Touriga Franca 1,9 kg por videira 12,0 13,0 pontos
(Fonte: José Ramos-Pinto Rosas e João Nicolau de Almeida, 1981)

A Raíz

Devido à filoxera é necessário enxertar todas as videiras (à excepção do Nacional). O porta-enxertos mais utilizado é Rupestris du Lot, que tem sido popular desde o aparecimento da filoxera no Douro em finais da década de 60 (séc. XIX)

Poda

A maior parte das vezes é escolhido o método duplo Guyot, deixando cada ramo com 3-5 botões.

Prender

A corda/fio deverá ser apenas um (fio unilateral) ou (de forma mais comum) dois (corda bilateral).

O risco

Odium (no Douro desde 1851): pulverização com “líquido de Bordeaux” contra o odium – várias vezes por ano

Míldio (no Douro desde 1893): desinfecção com enxofre, durante o florescimento, principalmente quando os ramos têm entre 15-30cm de comprimento

Maromba (no Douro desde 1948): Esta doença é causada pelo défice de boro no solo. É adicionado boráx. A dosagem depende do teor ácido do solo.

Fungos: Se as uvas apresentam sinais de ataque de fungos, elas são também pulverizadas. A botrytis cinérea pode aparecer por causa dos vendos húmidos vindos do oceano Atlântico. Alguns agricultores decidem combater este fungo, mas há outros que preferem não fazer nada.

(Fonte: Henrik Oldenburg, Portvin, 1999)

O Benefício é medido pela classificação de A a F: A=1,200 pontos / F=201 até 400 pontos.

Os preços mínimos são fixados todos os anos – desde 1997.

Os primeiros registos da Quinta do Pégo indicam que esta foi fundada em 1548 mas esta é absolutamente considerada mais antiga. Em 1825 foi comprada por “venda obrigatória” por Francisco Torres – segundo marido de Dona Antónia Ferreira.
Em 2003 foi totalmente aquirida pela empresa dinamarquesa AMKA.